sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Resposta

Achei que não tinha esperado por ti, tudo me parecia tão estranho, lembrava-me às vezes de como tinha sido, do rápido passar do tempo, de uma vontade galopante de pecar que no fundo se tornava mais fácil de tolerar.
Olhando para trás já não me parece tão estranho, foi uma antestreia, uma antevisão do que viria a acontecer.
Acabou no meio de um ameno Verão o que não podia começar, era tudo tão difícil por mim, por ti, tornaste tudo tão fácil, sempre será assim, de uma simplicidade asssustadoramente eficaz. No fundo, já sabia o que esperar, e o mais engraçado é que já na altura parecia saber o que queria, por muito que a falta de constância fosse tão capaz de adjectivar a linha que traçava e não seguia.
De resto, sempre gostei de ti, não como agora, agora é diferente, uma diferença da qual ainda não consigo falar bem, que às vezes me tolda a razão e me faz seguir sem dúvidas.
A surpresa nasce de cada reacção, corre bem afastada da razão que segue por outro caminho, mas é tão fácil, tornas tudo tão deliciosamente luminoso...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Números

De 6 sobraram 5/72, tenho contado os dias 6 de cada mês, nunca foi um número que me dissesse muito. Do 9 chega-se ao 2, continuarei a contar...quem sabe, ninguém diria.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

You know what they say about romance

Juntei o querer ao ter, desenhei a vida que queria ter no teu peito, projectei o segredo de te prender no meu beijo.
Nada antevi, a previsão nasceu gelada por anos de Verão mal vividos, cresceu gerada por noites de Inverno incrivelmente bem passadas. A mudança essa tomou-me de assalto sem que a conseguisse acompanhar, e o vento arrastou-me facilmente para perto de ti.
Entre o calor e o frio escolho aquele que mais se aproxima da tua respiração, do canto que não é mais que teu, do cheiro que não pode ser mais que meu.
Regressei ao ponto de partida, olhei para ele, tudo tinha mudado. Nada fazia tanto sentido como agora.
Via-te lá longe, presenteavas-me com um aceno, e eu não era mais que um aperto no coração, um ânsia voraz capaz de consumir cada bocado teu, e tu sorrias alegremente, indiferente, mordaz, sabendo que te queria, que te tentava enlear numa teia que serias incapaz de tecer.
A seda essa toca-te a pele, cheira a jasmim. É nela que me perco, entregue a ti ao teu singelo querer, ao teu olhar...

Inspiro-te, Quero-te...expiro, e percebo a falta que me fazes...