quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sin duda...

Olhei pausadamente o destino que se aproximava sem tempo de o entender. Aceitei-o resignado, desarmado por um sorriso difícil de perceber. Na estrada o mundo passava rapidamente pelos meus olhos mortiços, da vegetação rasteira, só as pequenas papoilas davam vida à grama que erraticamente sugava os poucos nutrientes de uma terra pobre.

Chegámos finalmente, procurei absorver cada aroma, decorar cada diferença para facilmente poder recordar cada momento. A caminhada havia sido longa, e a viagem um meio para chegar a um fim que sempre quis como início.

Estava tudo tão diferente, não havia pessoas, não havia palco ou brilho, só tu...bastava!
Segurei-te a mão, o silêncio falava por nós, aproximei-me lentamente e vi o brilho que tantas vezes tinha procurado nos teus olhos. Fingi não ter reparado, fugi à procura do cigarro que tudo esconde, o cheiro, o sabor, até o desejo e quando voltei o olhar tinha mudado.

Estava certo que nos teus olhos via reflectido o brilho dos meus...era fácil percebe-lo, para que esconde-lo?tudo flui, tudo morre e agora... tudo renasce!

2 comentários:

MissKitsch disse...

ó poeta, arruinei-te a reputação de "pessoa com sentimentos mui nobres e com veia para a poesia e outras coisas delico-doces" no blogue...

Escrevi a pérola que me lançaste ontem. Ainda ressoa nos meus ouvidos. És o rei, de uma finesse absoluta! LOL

Ruca! disse...

és um verdadeiro dr. jekyl.

dentro de ti lutam o alter-ego 'tronco amoroso' que escreve estas coisas fofinhas e o alter-ego tarado que larga torpedos como esse das "mamas = amor de mãe".

tens de arranjar heterónimos para cada um ahahahah.